A voz e a vez dos Batateiros

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Duro golpe na alma sambernardense


São Bernardo do Campo tem assistido perplexa e pacientemente um dos maiores atentados a alma de sua cidade. A demolição do plenário da Câmara Municipal para uma desconhecida e muito mal explicada 'reforma', que visa modernizar suas instalações é entristecedora.

Se o brasileiro por sua cultura (ou falta dela) valoriza tão pouco o seu passado, o sambernardense viu ao longo das seis últimas décadas a memória do seu povo ser enterrada, varrida e moída em escombros, como agora. Um misto de desrespeito e desleixo com o povo e o coração do município que a maioria dos responsáveis por tal descalabro desconhece, por desapego ou por dar ombros as pessoas e os tesouros dessa terra.

A cidade pujante, das indústrias, dos automóveis, motriz do desenvolvimento que tanto contribui para os altos números da saúde financeira do país cresceu sem olhar para trás. Na Rua Marechal Deodoro, onde tudo começou e tudo aconteceu, poucas construções nos remetem a sua importância. Sobrou a Câmara de Cultura, a Esportes Cassettari, a velha igrejinha de Nossa Sra. da Boa Viagem e a Praça Santa Filomena, tão mal cuidada. Casarões e prédios antigos foram desaparecendo da paisagem sem explicações.

Da mesma maneira vem sendo agora, a cúpula da Câmara que compõe a bela arquitetura do Paço Municipal, que por muitas vezes ilustrou postais está virando pó, estão cuspindo e pisando em nossa bandeira.

Justificam a 'demolição' da obra - revestida por granito italiano - para realizar uma suposta 'reforma', que apenas as eleições que se avizinham podem justificar. Algo para inglês ver, sem importância alguma e que abrirá uma grande ferida na alma do seu povo. Além é claro do seu valor, que torna-se indiferente se comparado ao tamanha afronta, R$ 28 milhões.

Se algo pode ser pior, indigna a complascência das autoridades, a começar pelo prefeito Luiz Marinho (PT), seus Secretários e os 21 vereadores que assistem de maneira omissa, irresponsável e covarde o teto desabar sobre suas cabeças.

Não somente eles, imprensa, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), grupos pró-cidade e os mais influentes também se calam. Um silêncio ensurdecedor.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Democracia estúpida


É estúpida, aleijada, prematura e ingênua a democracia que o brasileiro diz viver. Muito mais uma libertinagem do que uma liberdade. O caso mais recente é do Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que em um quadro do humorístico CQC expôs sua opinião contrária ao homossexualismo e as cotas raciais.

Que no Brasil tem muita gente burra, ignorante e incapaz de compreender, isso é fato, mas taí um lado curioso do brasileiro, fingir-se de cego pra não enxergar aquilo que ele não quer ver. Mesma situação que ocorre na política... Se ele enxergar a corrupção terá o dever moral de combatê-la. E convenhamos, ele não quer perder a cervejada no fim de semana pra isso.

Assumir que um cara de direita, com fama de reacionário, de ideias antigas e antiquadas para este século está certo ou tem um pingo de fundamento no que diz não é algo fácil para quem prefere o mundo sem porteiras com putaria, sexo, homens com homens, mulheres com mulheres e um monte de gêneros que os novos tempos trouxeram como uma ressaca do oceano.

Por isso é mais fácil absorver as opiniões dos outros. A mídia, os esquerdistas, os professores, sociólogos e pseudo-intelectuais se uniram em uma corrente de massacre ao Deputado pela sua opinião franca e sem meias palavras.

Não é preciso que ninguém concorde com o Bolsonaro, mas seria democrático aceitar uma opinião adversa daquela que dizem ser a da maioria.

Muitos pensam como Bolsonaro, mas de que jeito expô-las se a midia massacra, lincha, hostiliza e tenta exterminar todos que a compartilharem? Nesse bonde, muitos políticos aproveitaram o embalo para arrancar o deputado do seu caminho e jogá-lo aos leões.
Ficou claro que ele não compreende a pergunta da tão conceituada Preta Gil. Ela pergunta se ele aceitaria que seus filhos se casassem com uma mulher negra e ele diz que "jamais, pois educou seus filhos fora de um ambiente como o de promiscuidade com que ela vive". E isso, o que tem haver com cor da pele?

É incoerente e hipócrita a opinião da maioria. Eu fico com a de Bolsonaro, mas isso não é o mais bonitinho, mais charmoso... Intelectual é estar com a maioria e chamá-lo de tudo quanto é nome feio. Trend Topics a ele! Dizer que a Veja mente, que comer no Mc'Donalds é alimentar o imperialismo. Tudo isso é ser brasileiro!

Leandro Giudici