Fábio Silva Gomes é jornalista, tem 22 anos de idade e autor de oito livros. Nascido em São Bernardo do Campo, coordena o "Projeto Origem das Famílias" que já biografou 145 família da cidade, caminhando para seu 4° volume, é colunista dos jornais Leia São Bernardo, União do ABC, apresenta o programa 'Bem Passado' na TVABCD e colabora com o Bernôtícias.
Riacho Grande é o um dos tesouros da ruralidade sambernardense
São Bernardo é uma cidade pujante, que nada fica a dever das grandes capitais, Acaba sendo até dos problemas, quando vemos que nosso trânsito começa a dar sinais de desgaste. Mas ela é uma cidade amável, sempre foi e sempre será, para aqueles que a guardam num canto reservado do “cuore”, para preservar aqui nossas origens italianas.
Mas, algo bacana, e que me enche de orgulho, é o fato de sermos uma selva de pedra e possuirmos, ali escondida, a nossa zona rural. Ela existe sim, meus caros: está espremida entre as balsas, ou na divisa com Diadema, ali pelo Eldorado, ou ainda nas travessas tímidas da Estrada Velha do Mar. Ora, tímidas... a timidez se perde quando as marotas estradinhas nos dão acessos a lugares deslumbrantes, que nos fazem duvidar se estamos mesmo em São Bernardo.
Algumas dessas áreas “rurais” não o são mais por denominação. Embora o ambiente seja aquele, elas tem melhorias visíveis, elas pagam IPTU. Mas tem lá a plantação de verduras, tem os cavalos e as vacas pelo caminho, tem as estradas de terra, está tudo lá. E leva-se uma vida simples, serena, na qual o apito da fábrica não é ouvido. O som é outro: é o cantar dos pássaros.
Torcemos para que o ávido progresso não se alimente destas nossas poucas paragens rurais, que sobrevivem. Enquanto houver uma casinha simples numa estrada de terra e o ar caipira do “r” que puxa o São Bernardo, parafrasearemos o nosso hino e diremos ser, esta, São Bernardo do Campo e do nosso lar.
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